Essa semana saiu a notícia de que a última loja física da marca Innocent World foi fechada, desde o início da pandemia as vendas físicas caíram, tendo itens a mais de um ano sem ser vendido. É uma pena, é triste que diversas marcas icônicas enceraram as atividades, seja de modo total ou apenas fisicamente. Destrói a imagem que muitas pessoas como eu, cresceram tendo sobre Harajuku, Shibuya e outras localizações importantes para a moda, nem sempre em Tokyo, como o caso dessa loja que fica em Osaka, mas que marcaram nossas vidas e criaram diversos objetivos de ter a chance de ir ao Japão, ver a loja física de nossa marca favorita, ou conhecer aquele local diferenciado e ótimo para fotos!
Algumas pessoas podem ver como uma idolatria ao Japão, mas depois de uns 15 anos respondendo que nunca quis ser japonesa, achei a analogia perfeita, pra mim ir ao Japão seria como ir ao meu shopping favorito comprar uma blusa que passei semanas juntando dinheiro para comprar. Não é sobre querer ser como as outras pessoas no shopping, mas sobre ter a possibilidade de ir lá pessoalmente comprar meu objeto de desejo.
Fora isso, sempre surge as questões sobre os estilos japoneses, e se seus adeptos irão sobreviver, e em minha opinião, sim, sobreviveremos. Assim como eu, existe diversas pessoas apaixonadas pela moda lolita, como a fofa da Ana Carolina, é inspirador abrir o blog dela, você sente a paixão dela pelo estilo e se inspira de imediato! E é por trabalhos como o dela, que sempre vai ter gente nova conhecendo a moda, e se apaixonando, e querendo saber mais sobre.
Eu só pude ter mais acesso a moda depois de adulta, mas minha paixão nunca diminuiu, mesmo quando eu parei de usar o estilo, meu quarto continuou com diversos itens da moda, e algumas vezes eu me vesti para mim mesma, sem compartilhar com o mundo, pois o sentimento que tenho pela moda faz parte de mim, são roupas que fazem eu me sentir melhor comigo mesma, assim como esse sentimento pode florescer em mulheres que gostam de fazer a unha ou o cabelo semanalmente, comprar sapatos e etc, as roupas ou objetos não mudam quem eu sou, eu sigo eu mesma, mas numa versão ao qual me acho mais bonita, logo me sinto mais alegre e mais feliz, ou ao menos, satisfeita com a forma como me vejo. Lolita me dá confiança, externa o meu lado fofo, e é por isso que faz bem pra mim.
Enfim, sempre vai haver uma garota (ou garoto também, tutupom), conhecendo o estilo, se apaixonando e querendo externar essa visão de si mesma, ou seja, sobreviveremos. Sempre vai haver uma nova lolita, nova gyaru, nova decora e etc, independente de ser no Japão, no Brasil ou qualquer outro país, sempre vai haver registros na internet, pessoas curiosas e gente iniciando. É triste saber que se eu for ao Japão hoje, não vou ver nada do que esperaria ver em 2007/2008 quando conheci a Moda Lolita, mas isso nunca vai me impedir de seguir sendo uma.
Espero que tenham entendido meus pontos e gostado do texto.
XOXO, Ellen